Você sabe de onde vem a timidez?

Quem é tímido conhece as dificuldades de lidar com essa condição. Mas você sabe qual a origem da timidez?

Nosso cérebro tem um circuito neural que fica na amígdala cortical que, em algumas pessoas, é mais excitado. Isso faz com que estas pessoas sejam mais tímidas e medrosas.

Sabe aquelas situações quando evitamos a qualquer custo o desconhecido, nos afastamos de incertezas e, geralmente, a ansiedade domina? Isso acontece porque estas pessoas são facilmente estimuladas em seu sistema nervoso.

Quando este sistema nervoso é calibrado, o limiar de estimulação da amígdala é maior: estas pessoas não se assustam tão facilmente, são mais abertas e ávidas ao novo e gostam de conhecer pessoas novas.

É importante destacar que estes comportamentos também são herdados, mas também podem ser reaprendidos.

Segundo Daniel Goleman, especialista em ciências comportamentais, as estatísticas mostram que um em cada cinco bebês é tímido. Desse total, dois a cada cinco são ousados, pelo menos enquanto bebês.

Estes circuitos cerebrais são administrados pela amígdala. É ela que determina quando devemos enfrentar ou evitar as situações. Sua ação será sempre no sentido de manter nossa sobrevivência. O problema é quando alguns perigos interpretados por ela são irreais, e isso nos impede de viver boas experiências.

Crianças sensíveis correm alto risco de apresentar problemas de ansiedade como crise de pânico já na pré-adolescência. Sintomas como palpitações cardíacas, respiração curta ou sensação de sufocamento, aliados à sensação de que algum coisa ruim vai acontecer, já podem ser diagnosticados como síndrome do pânico, afirma Goleman.

O fato é que, quando um adolescente experimenta uma crise de pânico, ele tende a ter medo de experimentar a crise novamente, levando ao retraimento social.

Nessa hora (em que esse sequestro emocional está acontecendo) é preciso buscar o equilíbrio para assumir o controle e fazer escolhas assertivas.

Saiba mais sobre a timidez

Claudia Pinheiro
Fonte: Goleman, Daniel – Inteligência Emocional, página 236