Como desenvolver os sentimentos?

Você já parou para pensar porque agimos de determinada forma frente às situações? Provavelmente não. Na correria do dia a dia é muito difícil parar e fazer essa análise.

Mas isso é muito importante. Isso porque dessa forma é possível trabalhar os sentimentos e assim ter uma vida melhor.

Mas como fazer isso? Os antigos filósofos nos ensinam:

1º – Por meio da ATENÇÃO CONSCIENTE de tudo o que nos acontece, ou seja, não deixe o “eu animal” (mais ligado aos instintos) sobressair no lugar do “eu humano”. Busque extrair uma experiência útil com a possibilidade de ser aplicada cada vez que as circunstâncias exijam.

2º – Faça uma análise cuidadosa das três naturezas que dominam o homem e o seu funcionamento: física, emocional e mental. Cada uma tem sua forma de atuar e misturam suas energias tornando-se complexas de distinguir. Por exemplo:  o emocional pode causar uma doença física e vice-versa; já o mental pode causar mudanças por meio de processos psíquicos e fisiológicos.

É necessário reconhecer cada uma dessas naturezas e separá-las para trabalhar as emoções naturalmente, observando-as comodamente.

Portanto a EMOÇÃO é fruto de um choque, que surge e desaparece abruptamente. Ela tem origem no “eu animal”, requer rápida satisfação e as suas expressões são exageradas em relação ao estímulo.

Mas isso não quer dizer que ela seja ruim.  A emoção é sempre bem-vinda! Ela é espontânea, surge a qualquer momento, não se sabe de onde vem e como se controla, ela simplesmente aparece.

Já os SENTIMENTOS nascem paulatinamente, têm origem no “eu humano”; sua duração é muito mais prolongada e suas expressões são profundas e medidas.

O sentimento pode ser elaborado por suas bases afetivas; por ser duradouro pode ser mantido, alimentado, poupado nos seus defeitos e avivado em virtudes. Ele pode ser ampliado em consciência e trabalhado nos sentimentos nobres, transmutando-os em intuições superiores.

O sentimento utiliza-se dos fatores objetivos onde se apoia: nele, nascem os ideais, há a sublimação do querer e a abstração do estímulo, passando a querer o que o dever assinala como melhor.

Claudia Pinheiro
Fonte: Filosofia à Maneira Clássica – Psicologia