Educando as emoções: momentos cruciais!
Na infância somos como esponjas: absorvemos tudo em um ritmo diferente e, na puberdade, vamos fazendo as “podas” e este é um momento que podemos ir educando as emoções.
Mais tarde, as áreas críticas para a vida emocional vão se formando mais lentamente. O lobo frontal, que é a sede do autocontrole emocional, compreensão e habilidades nas respostas, amadurece entre os 16 e 18 anos.
É muito importante discutir sobre os hábitos de controle emocional repetitivos para moldar esses circuitos ainda na infância, pois eles nos impactam por toda a vida adulta. Depois de fixos, tornam-se mais difíceis de mudar, pois as experiências vividas pelas crianças de forma repetitiva formam ligações emocionais duradouras.
Uma forma de educar bem nossas crianças (e também suas emoções) e também nós mesmos na fase adulta, é através de pais confiáveis ou referências confiáveis que atendam nossas necessidades.
As oportunidades e orientações para que possamos aprender a lidar com os impulsos e a empatia, são uma prática impulsionadora para conquistar hábitos saudáveis.
Casos de abandono e maus-tratos deixam marcas nos circuitos emocionais, por isso devemos estar muito atentos para curá-los.
Todos nós temos algo como uma chave “liga-desliga” em nosso cérebro emocional. Na fase infantil, encontramos ajuda para nos acalmar das perturbações: vamos aprendendo a lidar com situações de conflito e mais tarde superá-los sozinhos.
E como educar as emoções das crianças?
Através do treino emocional, que é feito conversando com ela sobre seus sentimentos e ensinando-a a compreendê-los.
Nessa hora, é importante não agir com críticas nem julgamentos e ajudar a criança a solucionar os problemas de sofrimento sentimental, orientando-a sobre o que fazer. Você pode, por exemplo, apresentar outras alternativas para a criança, explicar a ela que não é preciso usar a agressividade (como bater nos colegas) ou retirar-se quando está triste”, explica Daniel Goleman, especialista em ciências comportamentais e autor de vários livros sobre o assunto.
Os traumas da infância têm efeitos duradouros na fase adulta. Ajudar as crianças a desenvolver hábitos emocionais benéficos, irá esculpir e podar o que não for emocionalmente saudável. Na fase adulta, a terapia é uma grande aliada para alterar padrões negativos apreendidos, agora com respostas reaprendidas.
A plasticidade do cérebro é a grande responsável por estas mudanças, que podem ocorrer em qualquer idade. A neurogênese nos mostra que nosso cérebro cria novos neurônios diariamente. Então, não importa se você é jovem ou idoso, seu cérebro permanece maleável por toda vida desde que haja esforço constante. Então, abuse da empatia e contribua com um mundo emocionalmente saudável.
Claudia Pinheiro
Fonte: Goleman, Daniel – Inteligência Emocional